Rodrigo Martins
Cinco finais de semana para se deliciar com um dos maiores festivais gastronômicos do País. Além das atrações que acontecem no Mercado Gourmet, uma tenda montada ao lado do Hortomercado de Itaipava, a décima edição do Petrópolis Gourmet, que começou na quinta-feira e vai até 27 de novembro, permitirá que os amantes da boa comida tenham mais tempo para apreciar o melhor da cozinha da Região Serrana. Participam 28 restaurantes, que tiveram o desafio de elaborar um menu utilizando alimentos orgânicos na confecção das receitas.
O tema principal desta edição é a comemoração dos dez anos do festival, com enfoque total nos orgânicos e na sustentabilidade. De acordo com Flávio Câmara, presidente do Petrópolis Convention & Visitors Bureau, entidade realizadora do evento, a produção orgânica passou a ser alternativa sustentável e de melhoria econômica dos minifúndios, além de propiciar o aumento da qualidade de vida dos consumidores.
“Este ano queremos deixar um legado para a nossa cidade que será a utilização de produtos orgânicos na confecção dos pratos desta e das próximas edições do Gourmet, além de incentivar o consumo de alimentos saudáveis. Queremos, também, promover o plantio de árvores nativas da Mata Atlântica, na área de proteção ambiental da Pedra do Elefante, para cada prato vendido no festival. Essa será a trajetória seguida daqui pra frente no Petrópolis Gourmet”, afirma Câmara.
O Petropolis Gourmet foi incluído na lista dos 31 projetos que mais promovem o fluxo turístico no Brasil. Estar nesta lista é uma conquista e tanto para os organizadores que recebem, do Ministério do Turismo, apoio fundamental, tendo em vista a necessidade de infraestrutura, não só para a montagem da tenda, mas para a cozinha, os estandes e a mão de obra. Segundo Câmara, sem este apoio ficaria difícil custear todas as necessidades, pois a cidade não possui Arena Multiuso para a realização de eventos.
“Dedico essa conquista principalmente à profissionalização do evento, ao trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dos dez anos, superando obstáculos e adversidades, e também às inovações criadas. É uma grande satisfação ver a dedicação pessoal de quem participou da organização do Petrópolis Gourmet nesses dez anos, o esforço da equipe multidisciplinar foi incrível", diz Câmara.
Duas atrações prometem se destacar: as Oficinas Gastronômicas, com chefs especializados em alimentos orgânicos e o Concurso Cultural Gastronômico, que se repetirá devido ao sucesso do ano passado. Realizado em parceria com o Senac Rio e o Instituto Regional de Cooperação e Desenvolvimento da Alsace/França (Ircod), o concurso é voltado para estudantes de gastronomia e gourmets, residentes no estado do Rio de Janeiro. O evento visa à descoberta de novos talentos gastronômicos e tem como prêmio oportunidades de desenvolvimento e qualificação dos vencedores. O primeiro lugar ganha uma bolsa de estudos de dez dias na França, com tudo pago.
“A união e parceria com entidades acadêmicas nacionais e internacionais são fundamentais para a execução das etapas. O grande diferencial é proporcionar o que há de melhor na capacitação na área de gastronomia e na troca de experiências vivenciadas pelos participantes”, explica Câmara.
Como saiu no Jornal do Commercio.
Edição de sexta-feira e fim de semana, 29, 30 e 31 de outubro de 2010.
Caderno Artes, página 2.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Lonas de caminhão como tela e inspiração
Rodrigo Martins
Natural de Aracajú, Aecio Sarti é daqueles artistas que desde criança já sabiam o que iriam fazer quando crescessem. Há seis anos em Paraty, balneário do Rio considerado por ele recanto insubstituível, pinta à beira do cais com as portas de seu ateliê abertas ao público, o que o levou a conhecer Carolina Coutinho, grande admiradora, que trocou o mercado financeiro para ser marchand de Sarti. "Segui meu coração. Decidi apostar num amigo com um talento incrível. Desta forma posso ajudá-lo com a parte comercial e administrativa." Juntos inauguraram a Galeria Aecio Sarti, no último dia 19, em Madalena, São Paulo, com a exposição O muro da minha rua, que segue até início de novembro. Parte da renda será destinada para a fundação internacional Lama Gangchen, que tem como missão promover a paz mundial.
Sarti trabalha a partir da reutilização das lonas de caminhão, que, segundo ele, possuem uma grande bagagem de histórias em seu tecido, além de muita energia. "Eu recebo a lona em seu último estágio de aproveitamento. Aquela que passou do caminhoneiro rico para o caminhoneiro mais pobre e já chegou às oficinas de beira de estrada, que recebem esse material já sem a proteção de cera que a torna impermeável. A partir daí, dou um tratamento especial ao tecido para que consiga pintar e extrair o efeito desejado."
A mostra apresentará 15 trabalhos do artista inspirados na história, de sua autoria, sobre Fernando dos Santos. Um garoto simples que tinha o sonho de ser estilista, mas não podia realizá-lo, pois meninos só podiam jogar futebol. Começa então a pintar seus modelos no muro de sua rua para que as pessoas passassem a se vestir melhor. As telas de Sarti apresentam ao fundo imagens que remetem aos desenhos de Fernando e, em primeiro plano, as figuras alongadas características de sua obra.
A exposição homenageará duas grandes amigas do artista: Cesarina Riso, que abriu a Galeria Villa Riso, no Rio de Janeiro, para uma exposição, e Daisy Justus, psicanalista e escritora, autora do texto Aecio Sarti, as lonas e as diferentes faces do amor, sobre o trabalho do artista, e que, em breve, estará escrevendo a biografia de Sarti. Ambas são mencionadas no conto que inspira a mostra inaugural.
O muro da minha rua
Galeria Aecio Sarti
Rua Harmonia 293 – Vila Madalena
De 3ª a sexta das 10h às 20h
Sábados das 10h as 20h
Domingos das 13h às 17h
www.aeciosarti.com
Como saiu no Jornal do Commercio.
Edição de sexta-feira e fim de semana, 22, 23 e 24 de outubro de 2010
Caderno Artes, página 3
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Iberê: voo solo e solitário
Rodrigo Martins
Uma exposição para viajar pelas lembranças de Iberê Camargo. A proposta é do curador francês Jacques Leenhardt que teve o cuidado de escolher, dentre as mais de 5 mil opções do acervo, 52 obras que melhor guiassem os visitantes através de Iberê Camargo – Os meandros da memória. "Tentei construir uma exposição oferecendo um caminho, um fio de Ariane, para o espectador entender e ver como as formas se engendram umas às outras", explica Leenhardt. A mostra marca o 15º aniversário da Fundação Iberê Camargo, onde estará aberta ao público até 3 de abril de 2011.
Iberê não se encaixa em nada formal, construtivo ou pop. Se aproximou, através dos movimentos pós-cubista, que conheceu na Europa (Morandi e Lhote), de uma certa abstração. Segundo Leenhardt, "fugiu ao formalismo para deixar as formas dançarem, como se vê na maneira dele jogar com o objeto fetiche: o carretel." Para o curador, tão importante para o Brasil quanto produzir o movimento concreto e neoconcreto ou o pop dos anos 70, também é possuir artistas como Iberê Camargo, solitários e profundos. "Ele era e permaneceu um solitário, ou, como dizia, um andarilho."
Como todo artista importante ele soube lidar tanto com as propostas que a história da arte no século 20 lhe oferecia quanto com os dramas da sua vida pessoal. Iberê foi sempre obsessivo na busca de quem somos, de como produzir sentidos com formas e cores, de como representar os interrogantes mais fundos da vida. "A multiplicação dos autorretratos, a retomada dos mesmos temas (carretel, ciclista) não constituem então uma simples repetição, senão tentativas sempre renovadas através de técnicas e de composições diversas de se aproximar de uma verdade que sempre foge. Isto é a marca de um verdadeiro artista, isto é marcante", explica Leenhardt.
Para desenvolver o trabalho, o filósofo e sociólogo Leenhardt, diretor da Escola de Altos Estudos Sociais em Paris e presidente da Associação Internacional dos Críticos de Arte (AICA), se debruçou sobre um grande volume de documentos, cartas, entrevistas e textos literários – principalmente sobre o livro de memórias Gaveta dos guardados, escrito pelo artista e recentemente relançado pela editora Cosac Naify. A relação com o passado, como um mundo feliz e desaparecido, dá sua nota de melancolia a uma das buscas pictóricas mais consequentes e solitárias da pintura brasileira dos últimos 50 anos.
"Fazer um trabalho consequente não significa ficar num gênero ou num estilo. Para mim, ser consequente significa orientar todas as forças para um fim. No caso de muitos artistas deste período, não se trata de representar o mundo, mas sim tentar achar o pouco de verdade que possuímos. É um trabalho infinito, como chegar ao horizonte que sempre recua. Por isso ele fala sempre dele mesmo como um andarilho, um ciclista à busca dos sonhos impossíveis ou inatingíveis", diz Leenhardt.
Para o curador, a busca pelo tempo perdido perpassa todas as temáticas trabalhadas pelo artista. Leenhardt retraça grandes momentos, especialmente a partir dos estudos, nos anos 40, em Roma, com o pintor italiano Giorgio De Chirico. "No atelier de De Chirico, ele aprendeu as técnicas, no de Lhote, a composição. Agora, se pode falar de outra influência, que o próprio Iberê talvez reconheceu só depois, utilizando temas do pintor italiano, como o carretel, o manequim, a chaminé. Não para copiar, mas como um exercício para reencontrar o que ele certamente tinha percebido desde o começo: o clima misterioso das coisas no mundo pictórico do De Chirico. Isto encontrava a própria experiência do Iberê", conta Leenhardt.
Nesta exposição, o curador dá importância particular aos desenhos – a maior parte exibida ao público pela primeira vez –, pois revelam, de maneira espontânea, a sua visão trágica da vida, além de mostrar a insatisfação com a finalização de suas obras. "Através do desenho, o artista libera-se do que há de definitivo e mortífero na obra acabada", elucida Leenhardt. "Além da liberdade, o desenho oferece a rapidez. Iberê sempre desejava ser rápido, ter um gesto rápido, na pintura como no desenho. A simplificação do traço o leva a mais verdade. A rapidez de execução de um quadro o leva a mais quadros. A pintura, pintar, produzir quadros, era para ele como uma necessidade. Como o ciclista que não pode parar, senão cai!"
Serviço
Iberê Camargo - Os meandros da memória
Até 3 de abril de 2011
Terça a domingo, das 12 às 19 horas e quinta, das 12 às 21 horas
Fundação Iberê Camargo
Av. Padre Cacique, 200 - Porto Alegre
Entrada franca
Como saiu no Jornal do Commercio.
Edição de sexta-feira e fim de semana, 15, 16 e 17 de outubro de 2010.
Caderno Artes, páginas 1 e 2.
Uma exposição para viajar pelas lembranças de Iberê Camargo. A proposta é do curador francês Jacques Leenhardt que teve o cuidado de escolher, dentre as mais de 5 mil opções do acervo, 52 obras que melhor guiassem os visitantes através de Iberê Camargo – Os meandros da memória. "Tentei construir uma exposição oferecendo um caminho, um fio de Ariane, para o espectador entender e ver como as formas se engendram umas às outras", explica Leenhardt. A mostra marca o 15º aniversário da Fundação Iberê Camargo, onde estará aberta ao público até 3 de abril de 2011.
Iberê não se encaixa em nada formal, construtivo ou pop. Se aproximou, através dos movimentos pós-cubista, que conheceu na Europa (Morandi e Lhote), de uma certa abstração. Segundo Leenhardt, "fugiu ao formalismo para deixar as formas dançarem, como se vê na maneira dele jogar com o objeto fetiche: o carretel." Para o curador, tão importante para o Brasil quanto produzir o movimento concreto e neoconcreto ou o pop dos anos 70, também é possuir artistas como Iberê Camargo, solitários e profundos. "Ele era e permaneceu um solitário, ou, como dizia, um andarilho."
Como todo artista importante ele soube lidar tanto com as propostas que a história da arte no século 20 lhe oferecia quanto com os dramas da sua vida pessoal. Iberê foi sempre obsessivo na busca de quem somos, de como produzir sentidos com formas e cores, de como representar os interrogantes mais fundos da vida. "A multiplicação dos autorretratos, a retomada dos mesmos temas (carretel, ciclista) não constituem então uma simples repetição, senão tentativas sempre renovadas através de técnicas e de composições diversas de se aproximar de uma verdade que sempre foge. Isto é a marca de um verdadeiro artista, isto é marcante", explica Leenhardt.
Para desenvolver o trabalho, o filósofo e sociólogo Leenhardt, diretor da Escola de Altos Estudos Sociais em Paris e presidente da Associação Internacional dos Críticos de Arte (AICA), se debruçou sobre um grande volume de documentos, cartas, entrevistas e textos literários – principalmente sobre o livro de memórias Gaveta dos guardados, escrito pelo artista e recentemente relançado pela editora Cosac Naify. A relação com o passado, como um mundo feliz e desaparecido, dá sua nota de melancolia a uma das buscas pictóricas mais consequentes e solitárias da pintura brasileira dos últimos 50 anos.
"Fazer um trabalho consequente não significa ficar num gênero ou num estilo. Para mim, ser consequente significa orientar todas as forças para um fim. No caso de muitos artistas deste período, não se trata de representar o mundo, mas sim tentar achar o pouco de verdade que possuímos. É um trabalho infinito, como chegar ao horizonte que sempre recua. Por isso ele fala sempre dele mesmo como um andarilho, um ciclista à busca dos sonhos impossíveis ou inatingíveis", diz Leenhardt.
Para o curador, a busca pelo tempo perdido perpassa todas as temáticas trabalhadas pelo artista. Leenhardt retraça grandes momentos, especialmente a partir dos estudos, nos anos 40, em Roma, com o pintor italiano Giorgio De Chirico. "No atelier de De Chirico, ele aprendeu as técnicas, no de Lhote, a composição. Agora, se pode falar de outra influência, que o próprio Iberê talvez reconheceu só depois, utilizando temas do pintor italiano, como o carretel, o manequim, a chaminé. Não para copiar, mas como um exercício para reencontrar o que ele certamente tinha percebido desde o começo: o clima misterioso das coisas no mundo pictórico do De Chirico. Isto encontrava a própria experiência do Iberê", conta Leenhardt.
Nesta exposição, o curador dá importância particular aos desenhos – a maior parte exibida ao público pela primeira vez –, pois revelam, de maneira espontânea, a sua visão trágica da vida, além de mostrar a insatisfação com a finalização de suas obras. "Através do desenho, o artista libera-se do que há de definitivo e mortífero na obra acabada", elucida Leenhardt. "Além da liberdade, o desenho oferece a rapidez. Iberê sempre desejava ser rápido, ter um gesto rápido, na pintura como no desenho. A simplificação do traço o leva a mais verdade. A rapidez de execução de um quadro o leva a mais quadros. A pintura, pintar, produzir quadros, era para ele como uma necessidade. Como o ciclista que não pode parar, senão cai!"
Serviço
Iberê Camargo - Os meandros da memória
Até 3 de abril de 2011
Terça a domingo, das 12 às 19 horas e quinta, das 12 às 21 horas
Fundação Iberê Camargo
Av. Padre Cacique, 200 - Porto Alegre
Entrada franca
Como saiu no Jornal do Commercio.
Edição de sexta-feira e fim de semana, 15, 16 e 17 de outubro de 2010.
Caderno Artes, páginas 1 e 2.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Aprendizado informal atrai profissionais de várias áreas
Rodrigo Martins
Sem tempo ou dinheiro para pós-graduações e cansados da rotina de sala de aula (embora ávidos por aprendizado, se possível num ambiente informal), aqueles que buscam capacitação têm, atualmente, a opção dos cursos livres. Sejam cursos públicos ou privados, pagos ou gratuitos, o que importa é garantir atualização e aquisição de conhecimentos – e se engana quem pensa que o método de aprendizagem mais relaxado, como um hobby, não traz ganhos profissionais.
Surama Ozório, gerente de vendas da ClaireConference, participou, recentemente, da palestra Nobre Arte do Palhaço, ministrada pelo Boteco do Conhecimento – iniciativa de quatro professores baseada na ideia norte-americana de “edutainment”, da mistura do inglês educação (education) com entretenimento (entertainment). Ela buscava uma experiência menos formal, mas nem por isso desprovida de conteúdo. “As dicas que ouvi, sobre como quebrar o estresse e prender a atenção da plateia com risos e complacência, se encaixam perfeitamente no dia a dia de quem trabalha na área de vendas”, diz.
Outra que já frequentou as palestras do Boteco é a gerente de contas da W/McCann, Juliana Senna. “Os temas são abordados de modo divertido e descontraído, levando o profissional a perceber qualidades de uma maneira não-didática. É uma experiência de autoconhecimento”, observa Juliana.
SURGIMENTO. A ideia do Boteco do Conhecimento surgiu de uma conversa informal entre quatro executivos com experiência no ensino tradicional e um pensamnto ambicioso: romper padrões e introduzir uma nova maneira de ensinar. Os quatro têm bagagem acadêmica invejável, mestrado em renomadas instituições e experiência em grandes empresas como Claro, Ibmec, Gillete e Amil. O que não significa, porém, que o currículo profissional é o principal critério de escolha dos chefs (professores) da equipe do espaço.
“Para ser um chef do Boteco tem que ter conhecimento sobre o que vai falar, gostar do que vai falar, ter irreverência na hora de entregar o prato, de mostrar o conteúdo, e, por último, gostar muito de pessoas. Não interessa se é formado, graduado, mestre ou doutor. Interessa a bagagem, o conteúdo, o estímulo e a capacidade de relacionamento para que os alunos absorvam o que está sendo passado”, explica André Acioli, sócio do Boteco e mestre em Administração pela UFRJ.
DIFERENCIAIS. Os encontros no Boteco acontecem regularmente, das 18h30min às 22h30min, com intervalo de 20 minutos. Uma vez por mês são apresentadas palestras gratuitas e qualquer um é sempre bem vindo para fazer a “degustação”. Para as empresas, a instituição também oferece “cardápios sob medida”. A companhia enumera suas necessidades e a equipe do Boteco monta uma grade específica, que pode ser ministrada no próprio ambiente de trabalho.
Este mês, o Boteco passou a oferecer, ainda, cursos em inglês, no horário do almoço. “Quem trabalha no Centro pode aproveitar o almoço para fazer um curso e, ao mesmo tempo, aumentar a fluência em inglês”, explica Acioli. “O principal atrativo deste novo prato é desenvolver e encontrar as palavras-chaves que você vai utilizar nos negócios e mesmo no relacionamento com as pessoas de sala”, completa Augusto Uchôa, sócio e mestre em Administração pelo Ibmec-RJ.
Como saiu no Jornal do Commercio.
Edição de sexta-feira e fim de semana, 8, 9 e 10 de outubro.
Caderno B, página 16.
Sem tempo ou dinheiro para pós-graduações e cansados da rotina de sala de aula (embora ávidos por aprendizado, se possível num ambiente informal), aqueles que buscam capacitação têm, atualmente, a opção dos cursos livres. Sejam cursos públicos ou privados, pagos ou gratuitos, o que importa é garantir atualização e aquisição de conhecimentos – e se engana quem pensa que o método de aprendizagem mais relaxado, como um hobby, não traz ganhos profissionais.
Surama Ozório, gerente de vendas da ClaireConference, participou, recentemente, da palestra Nobre Arte do Palhaço, ministrada pelo Boteco do Conhecimento – iniciativa de quatro professores baseada na ideia norte-americana de “edutainment”, da mistura do inglês educação (education) com entretenimento (entertainment). Ela buscava uma experiência menos formal, mas nem por isso desprovida de conteúdo. “As dicas que ouvi, sobre como quebrar o estresse e prender a atenção da plateia com risos e complacência, se encaixam perfeitamente no dia a dia de quem trabalha na área de vendas”, diz.
Outra que já frequentou as palestras do Boteco é a gerente de contas da W/McCann, Juliana Senna. “Os temas são abordados de modo divertido e descontraído, levando o profissional a perceber qualidades de uma maneira não-didática. É uma experiência de autoconhecimento”, observa Juliana.
SURGIMENTO. A ideia do Boteco do Conhecimento surgiu de uma conversa informal entre quatro executivos com experiência no ensino tradicional e um pensamnto ambicioso: romper padrões e introduzir uma nova maneira de ensinar. Os quatro têm bagagem acadêmica invejável, mestrado em renomadas instituições e experiência em grandes empresas como Claro, Ibmec, Gillete e Amil. O que não significa, porém, que o currículo profissional é o principal critério de escolha dos chefs (professores) da equipe do espaço.
“Para ser um chef do Boteco tem que ter conhecimento sobre o que vai falar, gostar do que vai falar, ter irreverência na hora de entregar o prato, de mostrar o conteúdo, e, por último, gostar muito de pessoas. Não interessa se é formado, graduado, mestre ou doutor. Interessa a bagagem, o conteúdo, o estímulo e a capacidade de relacionamento para que os alunos absorvam o que está sendo passado”, explica André Acioli, sócio do Boteco e mestre em Administração pela UFRJ.
DIFERENCIAIS. Os encontros no Boteco acontecem regularmente, das 18h30min às 22h30min, com intervalo de 20 minutos. Uma vez por mês são apresentadas palestras gratuitas e qualquer um é sempre bem vindo para fazer a “degustação”. Para as empresas, a instituição também oferece “cardápios sob medida”. A companhia enumera suas necessidades e a equipe do Boteco monta uma grade específica, que pode ser ministrada no próprio ambiente de trabalho.
Este mês, o Boteco passou a oferecer, ainda, cursos em inglês, no horário do almoço. “Quem trabalha no Centro pode aproveitar o almoço para fazer um curso e, ao mesmo tempo, aumentar a fluência em inglês”, explica Acioli. “O principal atrativo deste novo prato é desenvolver e encontrar as palavras-chaves que você vai utilizar nos negócios e mesmo no relacionamento com as pessoas de sala”, completa Augusto Uchôa, sócio e mestre em Administração pelo Ibmec-RJ.
Como saiu no Jornal do Commercio.
Edição de sexta-feira e fim de semana, 8, 9 e 10 de outubro.
Caderno B, página 16.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Mostra John Ford celebra 21 anos do CCBB
John Ford |
Cena do filme "Rastros de ódio" |
Rodrigo Martins
No dia em que comemora 21 anos, o CCBB prestará homenagem a um dos maiores ícones do cinema mundial. De 12 de outubro a 7 de novembro, a mostra John Ford apresentará 37 filmes – 36 longas e um curta. A maioria leva a assinatura do diretor e será exibida em película (35mm ou 16mm), exceto Directed by John Ford, documentário dirigido por Peter Bogdanovich, que será exibido em DVD.
Um livro-catálogo com mais de 400 páginas, editado exclusivamente para a mostra, poderá ser adquirido gratuitamente pelo espectador que apresentar cinco ingressos. Para complementar, será oferecido um curso com críticos, pesquisadores e professores. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail: curso@johnford.com.br.
Segundo o curador Leonardo Levis, "John Ford foi um dos diretores mais influentes de todos os tempos, alguém que ajudou a amadurecer a linguagem clássico-narrativa e o gênero western, e talvez o nome mais importante da Era de Ouro do cinema hollywoodiano. Em um plano mais subjetivo, mas não menos verdadeiro, Ford foi um cineasta de estilo único, um poeta da imagem, dono de enorme apuro visual, que, nos seus filmes, narrou a história americana como nenhum outro."
Com mais de 140 filmes sob sua direção, quatro Oscars de Melhor Diretor e um de Melhor Filme (Como era verde meu vale), Ford consegue estar acima de qualquer rótulo. Orson Welles o definia como o "maior poeta que o cinema já nos deu." A crítica especializada o chama de Homero Americano. Para Levis, o diretor norte-americano detém esta alcunha "porque nenhum outro cineasta contou, com tantos filmes, tantos detalhes e tanto apuro visual a história dos Estados Unidos. Boa parte da obra de Ford é dedicada a esse tema, e, apesar de uma ênfase maior nas Guerras Indígenas, sua obra vai desde a Guerra da Secessão até a era da televisão, passando pela Grande Depressão, pelas duas Grandes Guerras, traçando um caminho único e insubstituível."
Como não há uma fundação Ford, que guarde ou tenha informações sobre seus filmes, os curadores Leonardo Levis e Raphael Mesquita tiveram que pesquisar em cinematecas e arquivos do mundo inteiro, em busca das melhores cópias possíveis. "Foram dezenas e dezenas de emails e ligações, em um trabalho longo e exaustivo, sempre no intuito de não deixar nada de qualidade de fora da mostra. Finalmente, chegamos à lista final, na qual trouxemos filmes de dez acervos diferentes, localizados em sete países", conta Levis.
A mostra será uma oportunidade rara e única de conferir cópias novas e restauradas de grandes clássicos do cinema americano. Será fruto de uma vontade pessoal: a possibilidade de acompanhar, em película e no cinema, a obra de um dos mais lendários e importantes diretores de todos os tempos, mas cujos filmes raramente passam no Brasil. Serão exibidos filmes de todos os períodos e gêneros de Ford, mostrando que sua obra multifacetada possui ainda hoje enorme vigor e beleza.
"Apesar de sua importância, não há disponível nenhuma cópia em película dos filmes de Ford em cinematecas e acervos brasileiros. Isso se torna ainda mais grave quando pensamos que os filmes de Ford ganham muito quando exibidos no cinema, em película, da forma como foram planejados. Fora isso, a mostra não é apenas uma oportunidade de exibir os filmes de Ford a antigos amantes de seu cinema, mas de apresentar a obra desse cineasta seminal a uma nova geração de espectadores", define Levis.
Além das sessões de cinema será oferecido o curso John Ford. Funcionará como um complemento à exibição dos filmes, no qual o estilo e os temas mais caros ao diretor, bem como sua relação com os gêneros e com o cinema de estúdio, serão estudados e relacionados. Dessa forma, o espectador que acompanhar os filmes terá, também, a chance de entender tudo que está contido nele e que define, de forma única, o cinema de Ford.
A ideia partiu dos curadores da mostra, a fim de, juntamente ao livro-catálogo, aprofundar a obra de John Ford para além da simples exibição de seus filmes. Juntamente a cada professor, e levando em conta seus interesses e conhecimentos específicos, foram pensados os temas necessários para que o curso pudesse abarcar todos os assuntos necessários à compreensão da obra de Ford.
Como saiu no Jornal do Commercio esta matéria e a de baixo.
Edição de sexta-feira e fim de semana, 8, 9 e 10 de outubro de 2010.
Caderno Artes, página 5.
Jazz com sabor holandês
Rodrigo Martins
A Série Dell’Arte Concertos Internacionais 2010 trará ao Theatro Municipal, no próximo dia 18, uma das melhores orquestras internacionais de jazz em atividade. O detalhe: a big band é legitimamente holandesa. Fundada em 1996 como New Concert Big Band, teve seu nome ligado ao Concertgebouw, uma das melhores salas de concerto de Amsterdã e da Europa, três anos depois, passando a denominar-se Jazz Orchestra of the Concertgebouw (JOC).
Inicialmente, a série só apresentava música clássica. Com o passar do tempo, o gosto dos espectadores evoluiu. Os organizadores passaram a incluir ao menos um programa de jazz por ano. "Há mais de cinco anos estamos experimentando incluir doses homeopáticas de jazz dentro da programação, sentindo a reação de nossos assinantes. Ela foi muito boa, chegando mesmo a nos surpreender.", conta Steffen Dauelsberg, diretor executivo da Dell’Arte.
A JOC, com o maestro Henk Meutgeert, reúne os mais talentos músicos de jazz da Holanda. Já dividiu o palco com grandes nomes como Chick Corea, Joe Henderson e Oleta Adams. Para a apresentação no Rio, o grupo preparou um programa especial que homenageia os grandes nomes do jazz, com peças de Gil Evans, Bud Powel, Gery Mulligan, Miles Davis e Duke Ellington, entre outros.
O repertório é constituído basicamente por música contemporânea escrita para conjuntos de big band por compositores holandeses e internacionais. Nos últimos anos, a orquestra contabilizou mais de 800 arranjos e composições e desenvolve estreita colaboração com solistas mundialmente aclamados.
De acordo com Dauelsberg, "a música contemporânea é aquela que se afastou da tonalidade, abrindo novas formas de criação musical. No que se refere ao jazz, é a vertente criada por mestres como Miles Davis e que teve grande influência em países europeus como a Holanda, França e Dinamarca. De lá partiu uma influência no sentido inverso, levando ao jazz americano uma linguagem mais ‘culta’ e refinada. Hoje, os músicos desses três países são responsáveis por algumas das melhores criações do jazz contemporâneo."
O público pode esperar um concerto do mais alto nível. Além da tradição musical do Concertgebouw, a Holanda é um dos mais importantes centros de jazz da atualidade. "Quando você pega músicos de formação clássica da melhor estirpe e permite que eles improvisem, soltem suas amarras, dá nisso que o público vai poder testemunhar", completa Dauelsberg.
domingo, 3 de outubro de 2010
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Perc Pan chega com novos ritmos
Rodrigo Martins
Considerado um dos maiores festivais de música percussiva do mundo, chega ao Rio o Perc Pan – Panorama Percussivo Mundial. Em sua 17ª edição, com organização de Beth Cayres, passará pelo Oi Casa Grande, na segunda e terça-feiras e pelo Canecão, na quarta. Na programação estarão incluídos artistas de todos os cantos do mundo. Músicos de Bénin (África), da Macedônia, de Portugal e das Américas agregarão o que sempre foi o norte intelectual do projeto: comoção e transformação. “A comoção ficará por conta do time que montamos para este festival, trabalhos novos, diferentes, super-interessantes. A transformação será promovida, como sempre, pela troca de informação musical qualificada”, explica Cayres.
Beth é socióloga e antropóloga. Seguindo seu instinto, durante o boom da música percussiva na Bahia – com Olodum e Carlinhos Brown –, resolveu se aprofundar e pesquisar a respeito. Após imersão em festivais de música da África, Europa e Ásia, em 1994, ela amadureceu a ideia do primeiro Panorama Percussivo Mundial. “O som da África está em tudo, em cada vertente você vê um pouco das batidas africanas. Isso é sensacional. A África liberou muita coisa em nível de ritmo. Neste festival, os encontros e intercâmbios são maravilhosos.” Desde então, a socióloga não parou mais, e todos os anos passa pelo mesmo processo. “Não é um trabalho fácil. São meses de pesquisa, estudo, captação de recursos, parceiros, incentivos e apoio. Só com uma organização excelente é que podemos garantir um festival de qualidade.”
A diversidade cultural este ano será enorme. Só no Rio, das nove atrações, sete serão estrangeiras. A novidade ficará por conta do som oriundo de Tijuana. O Nortec Collective mistura música nortenha (típica do norte do México) com techno e oferece o que há de melhor na cena eletrônica mexicana atual. Esta inusitada mistura de DJs e VJs (videoartistas) produz com sincronia e perfeição a combinação entre som e imagem.
De Bénin, na África, foi convidada a lendária orquestra Poly-Rythmo, da cidade de Cotonou, que quase não veio por que, devido a questões religiosas, não queria entrar no avião. A orquestra usa os ritmos vodu que viajaram do Golfo da Guiné para o Haiti. Seu primeiro trabalho em 20 anos virou uma das sensações da mídia musical europeia e fala do ‘segredo musical mais bem guardado da África’. Admirada por Franz Ferdinand, que participou do novo disco, seus ritmos representam a mistura do funk e do soul.
Da Macedônia, a Kocani Orkestar, de etnia cigana e reconhecimento internacional, apresenta o talento do seu novo vocal, o carismático jovem Ajnur Azizov. Tocam rock cigano como uma selvagem banda de funk mutante, misturando riffs de bronze, em estilo James Brown, com influências orientais e do Leste Europeu.
De Portugal, As Tucanas, um grupo formado por cinco mulheres, não podiam faltar ao Perc Pan 2010. Com músicas próprias, que elas interpretam desde 2001, seu som é construído com bidons (reservatórios) de plástico, cabaças de água, surdos, agogôs, djembés (um tipo de tambor originário de Guiné na África ocidental) e seus próprios corpos. Ana Cláudia, Catarina, Mónica, Sara e Marina fazem uma música alegre, divertida e orgânica.
Beth tem certeza que o objetivo será alcançado: o intercâmbio cultural. “Cada ano é um ano diferente, mas é sempre como começar o primeiro. Estamos o tempo todo em busca da melhoria e da valorização cultural. A preocupação com o conteúdo é enorme, então existe muita cautela na hora da escolha dos convidados. Analisamos qual será a contribuição para o intercâmbio e para o ritmo brasileiro. Toda a mistura, toda ‘pluralidade’ são os diferenciais do Perc Pan e esta edição será mais uma festa do ritmo.”
Além dos shows, haverá workshops com os próprios artistas, na próxima segunda-feira, no Instituto Oi Futuro. As inscrições terminam nesta sexta-feira. Quem quiser participar deverá se inscrever no site http://percpan.com/2010/rio-de-janeiro.
Perc Pan 2010
Teatro Oi Casa Grande
Segunda e terça-feiras
Às 20 horas
Canecão
Quarta-feira
Às 20h30
Como saiu no Jornal do Commercio
Edição de sexta-feira e fim de semana, 1º, 2 e 3 de outubro de 2010
Carderno Artes, página 6 (contracapa)
Considerado um dos maiores festivais de música percussiva do mundo, chega ao Rio o Perc Pan – Panorama Percussivo Mundial. Em sua 17ª edição, com organização de Beth Cayres, passará pelo Oi Casa Grande, na segunda e terça-feiras e pelo Canecão, na quarta. Na programação estarão incluídos artistas de todos os cantos do mundo. Músicos de Bénin (África), da Macedônia, de Portugal e das Américas agregarão o que sempre foi o norte intelectual do projeto: comoção e transformação. “A comoção ficará por conta do time que montamos para este festival, trabalhos novos, diferentes, super-interessantes. A transformação será promovida, como sempre, pela troca de informação musical qualificada”, explica Cayres.
Beth é socióloga e antropóloga. Seguindo seu instinto, durante o boom da música percussiva na Bahia – com Olodum e Carlinhos Brown –, resolveu se aprofundar e pesquisar a respeito. Após imersão em festivais de música da África, Europa e Ásia, em 1994, ela amadureceu a ideia do primeiro Panorama Percussivo Mundial. “O som da África está em tudo, em cada vertente você vê um pouco das batidas africanas. Isso é sensacional. A África liberou muita coisa em nível de ritmo. Neste festival, os encontros e intercâmbios são maravilhosos.” Desde então, a socióloga não parou mais, e todos os anos passa pelo mesmo processo. “Não é um trabalho fácil. São meses de pesquisa, estudo, captação de recursos, parceiros, incentivos e apoio. Só com uma organização excelente é que podemos garantir um festival de qualidade.”
A diversidade cultural este ano será enorme. Só no Rio, das nove atrações, sete serão estrangeiras. A novidade ficará por conta do som oriundo de Tijuana. O Nortec Collective mistura música nortenha (típica do norte do México) com techno e oferece o que há de melhor na cena eletrônica mexicana atual. Esta inusitada mistura de DJs e VJs (videoartistas) produz com sincronia e perfeição a combinação entre som e imagem.
De Bénin, na África, foi convidada a lendária orquestra Poly-Rythmo, da cidade de Cotonou, que quase não veio por que, devido a questões religiosas, não queria entrar no avião. A orquestra usa os ritmos vodu que viajaram do Golfo da Guiné para o Haiti. Seu primeiro trabalho em 20 anos virou uma das sensações da mídia musical europeia e fala do ‘segredo musical mais bem guardado da África’. Admirada por Franz Ferdinand, que participou do novo disco, seus ritmos representam a mistura do funk e do soul.
Da Macedônia, a Kocani Orkestar, de etnia cigana e reconhecimento internacional, apresenta o talento do seu novo vocal, o carismático jovem Ajnur Azizov. Tocam rock cigano como uma selvagem banda de funk mutante, misturando riffs de bronze, em estilo James Brown, com influências orientais e do Leste Europeu.
De Portugal, As Tucanas, um grupo formado por cinco mulheres, não podiam faltar ao Perc Pan 2010. Com músicas próprias, que elas interpretam desde 2001, seu som é construído com bidons (reservatórios) de plástico, cabaças de água, surdos, agogôs, djembés (um tipo de tambor originário de Guiné na África ocidental) e seus próprios corpos. Ana Cláudia, Catarina, Mónica, Sara e Marina fazem uma música alegre, divertida e orgânica.
Beth tem certeza que o objetivo será alcançado: o intercâmbio cultural. “Cada ano é um ano diferente, mas é sempre como começar o primeiro. Estamos o tempo todo em busca da melhoria e da valorização cultural. A preocupação com o conteúdo é enorme, então existe muita cautela na hora da escolha dos convidados. Analisamos qual será a contribuição para o intercâmbio e para o ritmo brasileiro. Toda a mistura, toda ‘pluralidade’ são os diferenciais do Perc Pan e esta edição será mais uma festa do ritmo.”
Além dos shows, haverá workshops com os próprios artistas, na próxima segunda-feira, no Instituto Oi Futuro. As inscrições terminam nesta sexta-feira. Quem quiser participar deverá se inscrever no site http://percpan.com/2010/rio-de-janeiro.
Perc Pan 2010
Teatro Oi Casa Grande
Segunda e terça-feiras
Às 20 horas
Canecão
Quarta-feira
Às 20h30
Como saiu no Jornal do Commercio
Edição de sexta-feira e fim de semana, 1º, 2 e 3 de outubro de 2010
Carderno Artes, página 6 (contracapa)
O jazz de Brad Mehldau no Municipal
Rodrigo Martins
Segunda atração da série Jazz All Nights, Brad Mehldau se apresenta neste sábado no Theatro Municipal, às 20h30, em apresentação solo. Considerado um dos maiores expoentes do jazz moderno, ele não acredita que exista tal gênero musical.
“Existe boa música. O modo como você se aproxima dela pode ser moderna ou não.” Antes de tudo, Mehldau é um improvisador e encanta a todos com a espontaneidade musical e a forma com que monta seu repertório. “Não pretendo tocar nada em particular. Eu toco o que vem à minha mente. Às vezes uma música nova, às vezes uma já conhecida.”
Desde os anos 90, Mehldau vem se apresentando com seu trio e como pianista solo. A produção mais consistente até os dias de hoje tem sido em grupo. A banda, formada inicialmente pelo baixista Larry Grenadier e o baterista Jorge Rossy, hoje, tem Jeff Ballard no comando das baquetas. Aos 39 anos, Mehldau já gravou 15 discos para dois selos – Warner Bros. e Nonesuch, sendo um deles inteiramente solo. Em março deste ano lançou seu último CD, Highway rider, um álbum duplo em parceria com o Jon Brion, renomado produtor, que já havia feito um trabalho com ele na gravação de Largo.
Mehldau não tem uma preferência quanto a tocar sozinho ou em grupo. Gosta de ambos. A improvisação não fica comprometida e para cada tipo de apresentação há uma forma diferente de lidar com a criatividade. “A principal diferença é que no trio você tem um compromisso com o baixista e o baterista. Por outro lado, você pode compartilhar, trocar ideias. Em um contexto solo, tenho que lidar apenas comigo mesmo. Posso seguir em qualquer direção, sempre que eu quiser.” Detentor de uma carreira brilhante, já gravou com outros artistas, participou de trilhas sonoras e recebeu vários prêmios.
Jazz All Nights, Brad Mehldau
Theatro Municipal
Sábado, 2 de outubro
Às 20h30
Preços:
Frisa e Camarote: R$ 720
Balcão Nobre e Plateia: R$ 120
Balcão Simples: R$ 60
Galeria: R$ 40
Telefone: (21) 2262-3501
Como saiu no Jornal do Commercio
Edição de Sexta-feira e fim de semana, 1º, 2 e 3 de outubro de 2010
Carderno Artes, página 5
Segunda atração da série Jazz All Nights, Brad Mehldau se apresenta neste sábado no Theatro Municipal, às 20h30, em apresentação solo. Considerado um dos maiores expoentes do jazz moderno, ele não acredita que exista tal gênero musical.
“Existe boa música. O modo como você se aproxima dela pode ser moderna ou não.” Antes de tudo, Mehldau é um improvisador e encanta a todos com a espontaneidade musical e a forma com que monta seu repertório. “Não pretendo tocar nada em particular. Eu toco o que vem à minha mente. Às vezes uma música nova, às vezes uma já conhecida.”
Desde os anos 90, Mehldau vem se apresentando com seu trio e como pianista solo. A produção mais consistente até os dias de hoje tem sido em grupo. A banda, formada inicialmente pelo baixista Larry Grenadier e o baterista Jorge Rossy, hoje, tem Jeff Ballard no comando das baquetas. Aos 39 anos, Mehldau já gravou 15 discos para dois selos – Warner Bros. e Nonesuch, sendo um deles inteiramente solo. Em março deste ano lançou seu último CD, Highway rider, um álbum duplo em parceria com o Jon Brion, renomado produtor, que já havia feito um trabalho com ele na gravação de Largo.
Mehldau não tem uma preferência quanto a tocar sozinho ou em grupo. Gosta de ambos. A improvisação não fica comprometida e para cada tipo de apresentação há uma forma diferente de lidar com a criatividade. “A principal diferença é que no trio você tem um compromisso com o baixista e o baterista. Por outro lado, você pode compartilhar, trocar ideias. Em um contexto solo, tenho que lidar apenas comigo mesmo. Posso seguir em qualquer direção, sempre que eu quiser.” Detentor de uma carreira brilhante, já gravou com outros artistas, participou de trilhas sonoras e recebeu vários prêmios.
Jazz All Nights, Brad Mehldau
Theatro Municipal
Sábado, 2 de outubro
Às 20h30
Preços:
Frisa e Camarote: R$ 720
Balcão Nobre e Plateia: R$ 120
Balcão Simples: R$ 60
Galeria: R$ 40
Telefone: (21) 2262-3501
Como saiu no Jornal do Commercio
Edição de Sexta-feira e fim de semana, 1º, 2 e 3 de outubro de 2010
Carderno Artes, página 5
Assinar:
Postagens (Atom)