Rodrigo Martins
Segunda atração da série Jazz All Nights, Brad Mehldau se apresenta neste sábado no Theatro Municipal, às 20h30, em apresentação solo. Considerado um dos maiores expoentes do jazz moderno, ele não acredita que exista tal gênero musical.
“Existe boa música. O modo como você se aproxima dela pode ser moderna ou não.” Antes de tudo, Mehldau é um improvisador e encanta a todos com a espontaneidade musical e a forma com que monta seu repertório. “Não pretendo tocar nada em particular. Eu toco o que vem à minha mente. Às vezes uma música nova, às vezes uma já conhecida.”
Desde os anos 90, Mehldau vem se apresentando com seu trio e como pianista solo. A produção mais consistente até os dias de hoje tem sido em grupo. A banda, formada inicialmente pelo baixista Larry Grenadier e o baterista Jorge Rossy, hoje, tem Jeff Ballard no comando das baquetas. Aos 39 anos, Mehldau já gravou 15 discos para dois selos – Warner Bros. e Nonesuch, sendo um deles inteiramente solo. Em março deste ano lançou seu último CD, Highway rider, um álbum duplo em parceria com o Jon Brion, renomado produtor, que já havia feito um trabalho com ele na gravação de Largo.
Mehldau não tem uma preferência quanto a tocar sozinho ou em grupo. Gosta de ambos. A improvisação não fica comprometida e para cada tipo de apresentação há uma forma diferente de lidar com a criatividade. “A principal diferença é que no trio você tem um compromisso com o baixista e o baterista. Por outro lado, você pode compartilhar, trocar ideias. Em um contexto solo, tenho que lidar apenas comigo mesmo. Posso seguir em qualquer direção, sempre que eu quiser.” Detentor de uma carreira brilhante, já gravou com outros artistas, participou de trilhas sonoras e recebeu vários prêmios.
Jazz All Nights, Brad Mehldau
Theatro Municipal
Sábado, 2 de outubro
Às 20h30
Preços:
Frisa e Camarote: R$ 720
Balcão Nobre e Plateia: R$ 120
Balcão Simples: R$ 60
Galeria: R$ 40
Telefone: (21) 2262-3501
Como saiu no Jornal do Commercio
Edição de Sexta-feira e fim de semana, 1º, 2 e 3 de outubro de 2010
Carderno Artes, página 5
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