Rodrigo Martins
Sem tempo ou dinheiro para pós-graduações e cansados da rotina de sala de aula (embora ávidos por aprendizado, se possível num ambiente informal), aqueles que buscam capacitação têm, atualmente, a opção dos cursos livres. Sejam cursos públicos ou privados, pagos ou gratuitos, o que importa é garantir atualização e aquisição de conhecimentos – e se engana quem pensa que o método de aprendizagem mais relaxado, como um hobby, não traz ganhos profissionais.
Surama Ozório, gerente de vendas da ClaireConference, participou, recentemente, da palestra Nobre Arte do Palhaço, ministrada pelo Boteco do Conhecimento – iniciativa de quatro professores baseada na ideia norte-americana de “edutainment”, da mistura do inglês educação (education) com entretenimento (entertainment). Ela buscava uma experiência menos formal, mas nem por isso desprovida de conteúdo. “As dicas que ouvi, sobre como quebrar o estresse e prender a atenção da plateia com risos e complacência, se encaixam perfeitamente no dia a dia de quem trabalha na área de vendas”, diz.
Outra que já frequentou as palestras do Boteco é a gerente de contas da W/McCann, Juliana Senna. “Os temas são abordados de modo divertido e descontraído, levando o profissional a perceber qualidades de uma maneira não-didática. É uma experiência de autoconhecimento”, observa Juliana.
SURGIMENTO. A ideia do Boteco do Conhecimento surgiu de uma conversa informal entre quatro executivos com experiência no ensino tradicional e um pensamnto ambicioso: romper padrões e introduzir uma nova maneira de ensinar. Os quatro têm bagagem acadêmica invejável, mestrado em renomadas instituições e experiência em grandes empresas como Claro, Ibmec, Gillete e Amil. O que não significa, porém, que o currículo profissional é o principal critério de escolha dos chefs (professores) da equipe do espaço.
“Para ser um chef do Boteco tem que ter conhecimento sobre o que vai falar, gostar do que vai falar, ter irreverência na hora de entregar o prato, de mostrar o conteúdo, e, por último, gostar muito de pessoas. Não interessa se é formado, graduado, mestre ou doutor. Interessa a bagagem, o conteúdo, o estímulo e a capacidade de relacionamento para que os alunos absorvam o que está sendo passado”, explica André Acioli, sócio do Boteco e mestre em Administração pela UFRJ.
DIFERENCIAIS. Os encontros no Boteco acontecem regularmente, das 18h30min às 22h30min, com intervalo de 20 minutos. Uma vez por mês são apresentadas palestras gratuitas e qualquer um é sempre bem vindo para fazer a “degustação”. Para as empresas, a instituição também oferece “cardápios sob medida”. A companhia enumera suas necessidades e a equipe do Boteco monta uma grade específica, que pode ser ministrada no próprio ambiente de trabalho.
Este mês, o Boteco passou a oferecer, ainda, cursos em inglês, no horário do almoço. “Quem trabalha no Centro pode aproveitar o almoço para fazer um curso e, ao mesmo tempo, aumentar a fluência em inglês”, explica Acioli. “O principal atrativo deste novo prato é desenvolver e encontrar as palavras-chaves que você vai utilizar nos negócios e mesmo no relacionamento com as pessoas de sala”, completa Augusto Uchôa, sócio e mestre em Administração pelo Ibmec-RJ.
Como saiu no Jornal do Commercio.
Edição de sexta-feira e fim de semana, 8, 9 e 10 de outubro.
Caderno B, página 16.
Adorei a ideia!!!Dinheiro eu tivesse p reunir uma equipe bacana como fito de por em prática o aprendizado informal.
ResponderExcluirTive a experiência de vivenciar um pouco disso no call center, o qual trabalhei por 5 anos. Lá fazíamos dinâmicas nas quais técnicas de vendas eram passadas de forma leve e com muito riso.
No boteco então heim... com uma geladinha... os questionamentos bombarão. rs!